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quarta-feira, junho 15, 2005

escrito num guardanapo, à mesa de um café ordinário... para ti.

Anjo negro...
No escuro profundo de teus olhos
Busco-me a mim,
Como outrora outros buscaram no mar profundo
Mundos sem fim,
Onde pudessem na terra virgem
Desvelar
A pureza original,
E a liberdade.

Deixaste o céu.
Na terra encontraste o teu mundo
- ou criaste-o -
E eu que sou terreno e mortal
Estou á distância,
Procurando a tua verdade
Através de palavras fúteis e convenientes...

Mas continuas velada...
Penso em segurar a tua mão
Mas não me atrevo...
Sou impuro.
E tu, velada de negro
És feita de pureza
E de inocência!

Guardo a tua imagem no meu templo sagrado
Como um vitral...
- não te toco -
contemplo-te recolhido
e em silêncio,
nesse teu mundo de cristal.

1 comentário:

Anónimo disse...

...

Num ardor necessário de vincar a atitude de única;
Num medo da futilização de ser catalogada de pródiga;
Num fervor desesperado de ocultar o âmago desta alma;
Visto preto; renego a redoma plástica; subtilmente afirmo...

Declaro que adoro o branco do detergente verde sem bolhinhas.
Confirmo que o man da loja laranja presta mesmo serviço free.
Assevero que vesti de vermelho pelo luto do camarada.
Certifico meu não comunista com um não uso da estampa Che.

Na minha pureza quero ser a impura sem me auto-violar;
Na minha inocência quero ser dona do terrível segredo;
Na minha distância quero sentir que alguém não se recolherá;
Quero ver cair esta máscara sentindo-o... aproximando-se...