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quinta-feira, fevereiro 22, 2007



Aberto a todos os que aspiram por um mundo diferente..

Dia 17 de Março pelas 19 horas, na Praça D.João I...

Eu estarei lá!

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Tempo de mudança


Algumas pessoas estão condenadas a ver o mundo passar, a ver o fluir, a sentir em si mesmos a força da mutabilidade e o facto de que «tudo são bocados», como dizia Pessoa.

Tudo são bocados. Cada bocado é a absorção momentânea de uma aprendizagem, uma pedra que guardamos no algoz para construirmos o nosso castelo, lá bem nesse futuro que entrevemos, e que nos faz sentir por momentos um odor de eternidade.

Um corpo que se habitua a mudanças é forte, está pronto para encontrar em si mesmo algo que nunca muda – a Sabedoria. Hoje estou levemente melancólico, talvez porque veja mais uma vez a mudança a chegar, e todo o mundo me pareça um enorme palco que muda de cenário para deixar entrar um novo acto.

Cada vez que se muda, cresce-se. É a minha convicção. Nunca sabemos na verdade se mudamos para melhor ou para pior, mas sabemos que parte da nossa aprendizagem, da nossa liberdade, reside aí mesmo, na capacidade de adaptação e sobretudo, de superação. Por vezes a liberdade não se obtém pela fuga, mas pelo mergulho sem temor no seio da batalha, onde os nossos braços saberão erguer a espada, e se tornarão mais rijos e fortes ao manejá-la. É pois assim que me sinto. É pois isso que desejo.

As minhas características, a minha covardia, as arestas que é preciso limar até a forma final, são pois as mensagens de Deus para que não tenha medo de sofrer a pancada do maço, e o desbaste do pincel. Estou aqui. Não há nada que não possa suportar, porque não há nada que me seja dado que não possa ultrapassar. O escultor sabe muito bem escolher a pedra que usa para criar, e nunca bate tão forte, ou desbasta tão fundo que possa quebrá-la. Pois é preciso erguer o olhar, e ir em frente.

Hoje estou triste, amanhã porém serei mais rico.