Anúncios google

sábado, maio 29, 2010

Para seres homem precisas de três coisas: Razão, Coragem, Disciplina. A Razão mostra o caminho; a Coragem percorre-o; a Disciplina constrói.

Cenáculo dixit

quarta-feira, maio 26, 2010

Akademia Kosmos


Olá a todos.

Dentro em breve gostaria de dar início a um projecto de formação. Na senda do que vem já sendo feito por outras organizações, gostaria de dinamizar uma série de workshops sobre os mais diversos temas, sobretudo no âmbito da filosofia, da história, das civilizações antigas, da ciência antiga e actual.

Para tal, gostaria da vossa contribuição para perceber qual das formações que delineei teria mais interesse. Seriam direccionadas a todos, desde que embuídos de um espírito curioso e aberto.

Respondam ao inquérito no scroll do lado esquerdo.

Obrigado.

quarta-feira, maio 19, 2010

terça-feira, maio 18, 2010

sobre o individualismo



Deixo-vos um interessente artigo escrito pela minha irmã mais nova no âmbito da disciplina de Português. Vai pelo bom caminho....

A tendência da sociedade actual é a de enriquecer cada vez mais o espaço individual em detrimento do espaço colectivo. Ao longo das últimas décadas o individualismo tem vindo a acentuar-se, reflectindo-se no modo como as pessoas se relacionam umas com as outras. Este fenómeno é mais visível nos grandes aglomerados populacionais onde factores como a tecnologia e a competitividade económica muito têm contribuído.

Antigamente, o espaço público era mais valorizado. As actividades do quotidiano eram partilhadas pelos vizinhos pois a pouca tecnologia existente era comunitária. Desta maneira, existia uma relação de dependência entre os habitantes. Por outro lado, nos tempos actuais há uma privação da comunicação presencial. Factores como a tecnologia, a economia e a insegurança vieram mudar todo o comportamento da sociedade. Actualmente, tecnologias como a internet valorizam cada vez mais a comunicação virtual, desvalorizando a presencial. Existe agora todo o tipo de produtos tecnológicos ao nosso dispor, nas nossas próprias casas, fomentando assim a independência da sociedade. Em consequência da riqueza dentro do lar, a sociedade capitalista onde vivemos vem completar tudo o que foi dito. Todo o funcionamento dela visa o lucro e a compra desmedida. Cada produto ligeiramente mais eficiente que o anterior é “bombardeado” pela capacidade apelativa da publicidade. Outro factor de valoriza o individualismo é a insegurança existente nos cidadãos. Devido ao contraste de riquezas existente nestes aglomerados populacionais, a criminalidade tende a aumentar, potenciando a insegurança do cidadão e da propriedade privada.

Desta maneira, e complementando tudo o que foi dito anteriormente, o sucesso profissional tornou-se a plataforma da felicidade. Este sucesso permite ao cidadão ter uma vida mais confortável, recheando a sua cada com a mais alta tecnologia que se tornou tão desejável graças às maravilhas da publicidade.

Em última análise, vivemos num ciclo vicioso. Deixou de haver o espaço colectivo para haver diversos espaços, tanto ao nível dos espaços individuais como ao nível dos espaços que reflectem a divisão da sociedade em classes. Assim, o indivíduo e as colectividades deixam de se ver inseridos num espaço que é de todos e cuja responsabilidade de manter é de todos, para se tornarem cada vez mais senhores da sua “pequena propriedade”. Um exemplo disto é a ilusão de que “a minha vida e o meu bem-estar não depende do bem-estar dos outros”. No entanto, depende. E cada vez mais num mundo global onde todas as relações são interdependentes. Mesmo assim, o mundo onde vivemos leva-nos a perceber que a ilusão da independência tem de se esbater perante as novas realidades económicas, sociais e ambientais.

domingo, maio 09, 2010

Sinais da Modernidade



Nunca deixando de ter em vista o significado de “modernidade” como tendência em moda, e não como sinónimo de progresso (como é de uso corrente), é mister fazer uma síntese geral dos principais sintomas da modernidade em que vivemos.

Hoje, são pelo menos dois os sinais dos tempos. A saber,

1) os grupos económicos transnacionais têm cada vez mais poder político, sobrepondo-se largamente ao poderio nacional tradicional, influenciando-o e esbatendo-o em nome de interesses eminentemente lucrativos. Isto é perfeitamente sintomático no actual estado-de-coisas, na medida em que a dependência financeira dos países em relação às entidades financiadoras é cada vez maior, colocando-os à mercê de empresas de rating e de especuladores sem escrúpulos.

2) as pessoas, habituadas à redoma de uma existência controlada, aos ecossistemas artificiais, a uma previsibilidade aparente fundada na evolução tecnológica, parecem cada vez mais alienadas dos ritmos que o homem não tem capacidade de controlar, noutras palavras, os ritmos naturais. Só isto explica o absurdo constrangimento que a maioria das pessoas imputam às “entidades oficiais” por “nada fazerem”, quando um fenómeno natural ocorre e impõe paragens preventivas nos ritmos artificiais. Sim, é garantido que o vulcão na Islândia se “está nas tintas” para os problemas humanos, e é bom que as pessoas se habituem à velocidade da natureza que sempre vence, e sempre vencerá.

Quanto ao primeiro sintoma, uma evolução linear assente na sua premissa conduzirá inexoravelmente à dissolução dos estados nacionais em prol de estados transnacionais, assentes em modelos empresariais que redefinirão fronteiras e assentarão em novos “fascismos” assentes na produtividade como objectivo primário, reeditando a ideia do “homem novo” voltado para novas escalas de valores que serão consequência de um novo status quo.

Quanto ao segundo, a Natureza se encarregará progressivamente de desiludir a humanidade, impondo-lhe cada vez mais os seus limites, e confrontando-a com a inevitabilidade da sua hegemonia, à qual os ritmos artificiais e humanos terão de se subjugar, e não ao contrário como até hoje tem acontecido.

Entenda-se como se quiser.