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terça-feira, junho 03, 2008

A ONU e as recomendações contra a Crise Alimentar - Quem vai ouvi-las?


Segundo o Público On-Line, Banki Moon anunciou hoje as primeiras recomendações para enfrentar a crise alimentar mundial. Recomendações essas a que os governos devem estar atentos.

Transcrevo parte da noticia:

O responsável defendeu que a comunidade internacional deve apoiar os países que estão a ajudar os seus agricultores fornecendo-lhes sementes e fertilizantes, os dois factores de produção que mais repercutiram o aumento do preço do petróleo.

Lembrando que esta crise poderá acrescentar mais 100 milhões de pessoas aos 850 milhões que já passavam fome, Ban Ki Mon anunciou algumas das primeiras recomendação do grupo de trabalho criado no seio da ONU para responder à crise alimentar. O primeiro passo, disse, é permitir o acesso a alimentação por parte das pessoas mais vulneráveis o que passará por aumentar a ajuda alimentar, expandir programas de protecção social e incrementar a produção agrícola dos pequenos produtores através da doação de sementes e fertilizantes de forma a que possam plantar ainda este ano.


Ou seja, para os países ditos desenvolvidos a solução passa por um incremento dos apoios dos estado à agricultura, suportanto algumas das despesas relativas à matéria prima. Para os países em vias de desenvolvimento, Banki Moon anuncia apoios financeiros em larga escala:

Para já, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), que organiza esta conferência, apelou à doação de 1100 milhões de euros para apoiar a agricultura dos países mais pobres. O Programa Alimentar Mundial conseguiu arrecadar, junto de 31 nações, os 486 milhões de euros que necessitava para responder aos compromissos que assumiu para este ano. O Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola irá transferir 129 milhões de euros para os agricultores pobres e o Banco Mundial criou um sistema de financiamento de 770 milhões de euros para apoiar também a produção de alimentos.

Desde que tais ajudas financeiras não fomentem mais ainda o assistencialismo dos países em vias de desenvolvimento, estamos bem. O Programa Alimentar Mundial é essencial para apoio a comunidades desfavorecidas, nomeadamente a refugiados. Agora, o que importa de facto é que os países em vias de desenvolvimento aumentem a sua produção agricola e, sobretudo, a diversifiquem. As ONG´S têm o dever de apoiar e formar futuros agricultores em África. Não basta atirar dinheiro para cima dos problemas. É preciso encontrar mediadores sérios que levem o dinheiro para onde ele é mais preciso, e sobretudo que saibam o que fazer com ele. Só as ONG´S podem fazê-lo, e bem feito. Sabemos que os Estados mais pobres raramente são Estados de Direito, e portanto os governo destes estados nunca são bons intermediários.

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