Acedi ontem ao site de campanhã de Pedro Passos Coelho, e porque aprecio este candidato pela sua juventude e inteligência, enviei-lhe um mail para saber qual a sua opinião acerca da questão do acordo ortográfico. Mostrou a sua simpatia e atenção ao responder hoje mesmo. Fiquei contente por saber que ele partilha da visão de que o acordo é errado. Se eu fosse militante do PSD concerteza votaria nele. Um dia que se candidate a primeiro-ministro terá o meu voto. Fica a transcrição.
Caro Ruben Azevedo
Já tenho afirmado, em resposta a essa questão colocada por jornalistas, que o acordo que Portugal assinou há vários anos atrás (porque tal acordo já foi assinado) não representa nenhum benefício para a língua e cultura portuguesa, pelo que não traria qualquer prejuízo que não entrasse em vigor. De resto, não vejo qualquer problema em que o português escrito possa ter grafias um pouco diferentes conforme seja de origem portuguesa ou brasileira. Antes pelo contrário, ajuda a mostrar a diversidade das expressões e acentua os factores de diferenciação que nos distinguem realmente e que reforçam a nossa identidade. Aliás, considero míope a visão de que o mercado brasileiro de cultura passará a estar aberto aos autores portugueses em razão da homogeneidade da grafia, pois que o interesse desse mercado pela nossa produção só pode depender do real interesse pelas nossas especificidades e aí a suposta barreira do grafismo não chega a ser uma barreira, pode ser um factor de distinção que acentua o interesse pela diferença.
Com os melhores cumprimentos
Pedro Passos Coelho
4 comentários:
És famoso :p
Concordo com ele. Totalmente!
É verdade isso???
Seria bom demais!
Só espero que Pedro Passos Coelho mantenha esta atitude agora que tomou as rédeas do poder
Giro, giro é uma pessoa estar a criticar um acordo ortográfico e conseguir utilizar espécies de palavras como "concerteza"... Muito bom!
E atenção que eu não disse que sou a favor do acordo ;)
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