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quinta-feira, maio 22, 2008

Era uma vez na China...



Perante imagens deste tipo, todas as diferenças se dissolvem para dar lugar à compaixão perante a miséria humana, que não tem fronteiras. O sismo de 12 de Maio na China, cujo epicentro foi Sichuan, matou pelo menos 80 mil pessoas, sem falar nos muitos milhares que continuam desaparecidos, e em 5 milhões (metade do total de população de Portugal continental) que ficaram sem casa.

Nem o desenvolvimento económico exponencial da super-potência que é a China de hoje a salvou de tamanho desastre. É verdade que a assistência às vítimas foi exemplar, ao nível de qualquer democracia ocidental e até em muitos aspectos superior. De notar que aquando da destruição provocada pelo furacão Katrina nos EUA, o governo Bush mostrou imensas dificuldades em lidar com a situação e em apoiar as vítimas. Os chineses têm uma noção de comunidade e entreajuda que vem dos tempos de Confúcio. Ali nada faltou às vítimas, senão um excesso de zelo por parte das equipas de salvamento em terminar as buscas em edifícios em risco de se desmoronarem, mesmo sabendo que ainda haveriam pessoas vivas nos escombros, e perante o desespero absolutamente inquietante e assustador dos familiares que assistiam a tudo.

Esta criança tinha um futuro que morreu sob o peso do cimento e do betão armado. Faz pensar. E é isso mesmo que podemos fazer por eles: pensar e ganhar respeito pela natureza. A distância física, o rum rum dos telejornais que de tão rotineiro já nada nos diz, tudo isto e mais a preocupação crónica com o nosso próprio umbigo não nos devem fazer esquecer que, de vez em quando há quem sofra na medida do excruciantemente sobre-humano, e tanto nós como aqueles que nós gostamos podem de um momento para o outro ser subtraídos da nossa vida, como velas que se apagam sem anunciarem, para nos darmos conta que, sem elas vivemos às escuras.

2 comentários:

Sara disse...

sim podemos pensar, mas mais do que isso podemos fazer por todos os que nos rodeiam, descentramo-nos do nosso umbigo :-) há tanto e tão bom à nossa volta e tanto por fazer.

Por isso, não nos fiquemos pelo pensar mas passemos todos à acção, todos os dias há pessoas há nossa volta que precisam de alguma coisa que podemos dar.

Obrigada pela visita o nosso blog (o Cenáculo) eheh

beijinhos

Sara disse...

sim podemos pensar, mas mais do que isso podemos fazer por todos os que nos rodeiam, descentramo-nos do nosso umbigo :-) há tanto e tão bom à nossa volta e tanto por fazer.

Por isso, não nos fiquemos pelo pensar mas passemos todos à acção, todos os dias há pessoas há nossa volta que precisam de alguma coisa que podemos dar.

Obrigada pela visita o nosso blog (o Cenáculo) eheh

beijinhos