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quarta-feira, dezembro 31, 2008

No ano de 2009, inove!



Não é apenas um trocadilho curioso, mas um desejo sincero. Mudar de ano pode, muitas vezes, significar mudar de vida. Claro que é mais fácil falar que fazer. As grandes preocupações que ocuparão a mente da maioria das pessoas em 2009, serão a de manterem os seus empregos, e pagarem as suas dívidas. Porém, isso não é tudo. Temos de guardar um tempinho, e um espaço no nosso coração para a nossa familia, os nossos filhos, irmãos, mães, netos, amigos, namorados, maridos. Temos de guardar esse espacinho, pois sem eles, não faz sentido lutar por empregos ou qualidade de vida. São eles o nosso motor, a nossa motivação maior, as certezas pelas quais nos sacrificamos diariamente. Sem eles, nada faz sentido. Infelizmente, neste mundo em que vivemos temos de comprar diariamente a liberdade e o bem estar, com o preço de suor e lágrimas. Mas a nossa liberdade não está em ter mais para comprar mais, mas em ter mais para viver mais, com mais qualidade. A ilusão do ter conduziu-nos à crise que hoje vivemos, na qual o crédito mal parado de milhões de euros (e a crescer) teve um papel incontornável. As pessoas querem ter mais e mais, seguir as modas mais recentes, ir aos sítios mais in. Estão dispostos, para tal, a hipotecarem as suas vidas durante anos a fio. Isto porque a nossa sociedade vive uma espécie de paradoxo curioso: por um lado, apelos à responsabilidade e à moderação; por outro, produtos financeiros miraculosos, plafons de crédito intermináveis, apelos ao gasto, ao consumo, à felicidade empacotada. Só que os apelos à responsabilidade não têm empresas de marketing na rectaguarda, nem são suficientemente apelativos e soam a conservadorismo... Deve ser por isso que eu não tenho cartão de crédito (nem terei jamais em tempo algum). Deve ser por isso que eu continuo a achar que é preferível alugar uma casa que estar 30 anos a pagá-la, a juros sempre crescentes. Deve ser por isso que eu tenho um carro em segunda mão, mas pago a pronto. Porque acho que é mais honrado viver de acordo com as possibilidades de que dar um ar de ostentação. Porque, é por isso que a classe média está a desaparecer. Muita gente habituou-se a viver acima das suas possibilidades, confiante num futuro próspero, de contínuo enriquecimento. O futuro desmentiu-o. Mas, eu sou eu. Cada um sabe de si, e Deus sabe de todos. A grande questão, é que Deus somos nós.

Força e coragem para 2009.

3 comentários:

António disse...

Também se podia chamar a este blog:
O CANTINHO DO PENSADOR.
Gostei!

Um abraço

Vânia Silva disse...

Concordo contigo amigo, mas ainda assim prefiro comprar do que alugar uma casa...contudo, admiro a tua linha de pensamento e gosto como concluis. Brilhante, como sempre!

Anónimo disse...

Olá

Bom ano para ti. Tal como tu penso que não andar preso a empréstimos é o ideal. No fundo viver dentro do que se tem e nessa medida, dá sossego. Mas, por outro lado ser proprietário é bom na perspectiva de poder mudar, fazer obras, etc.
A verdade é que a sociedade hedonista e consumista tem desvirtuado os verdadeiros valores e na óptica de que nós somos Deus, é caso para dizer que os Deuses devem estar loucos!!