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terça-feira, julho 01, 2008

Familia Nuclear Radioactiva



Parece que a JS vai eleger um novo secretário-geral. As propostas são sempre as mesmas, sempre «modernas» e fracturantes. Espero que se compreenda porque coloquei «modernas» entre aspas. Casamento homossexual, adopção por casais 'gay' ou o reconhecimento da mudança de sexo na lei portuguesa, são as três mais importantes reivindicações desta juventude iluminada que, não sei com que consequências ou se bem ou para mal, será o futuro político do nosso país.

A questão é que a juventude, seja ela socialista, comunista, bloco-esquerdista, precisa de causas. Causas porque lutar, ideias que justifiquem a confrontação do passado. Freud dizia e muito bem, que «herói é aquele que confronta a autoridade paterna e vence». Há muita energia e criatividade latente e à espera de encontrar saidas. E enquanto há causas porque lutar, há escapes saudáveis para toda essa adrenalina.

O que, sinceramente me causa alguma comichão, é quando tais lutas ou «ideais» pseudo-modernistas põe em causa a familia. Noutros tempos, tempos de jacobinices e quando todas as instituições eram postas em causa, também a familia se viu perante as baterias destes pseudo-intelectuais. Na medida em que a Igreja era o pilar que consagrava os casamentos, consagrava e abençoava as uniões, também a familia era posta em causa. A familia era vista como uma instituição burguesa, e por alguma razão o regime comunista se outorgou o direito de submetê-la ao poder totalizante do Estado.

Claro que, só uma ideia de familia fragmentada e sem base moral sólida pode dar suporte ético às ideias defendidas pelos novos idealistas das jotas. Basta ler um dos cartazes da foto que diz «Familia Nuclear é Radioactiva». Não consigo deixar de pensar que estes meninos não sabem o que é viver em familias fragmentadas, e nunca sentiram na pele o que o desenraizamento pode fazer a um ser humano. A familia é importante porque cria bases de apoio, conforto e sentido de integração a um ser humano. A familia é tudo. Acredito que um dia que forem pais, vão entender isto.

1 comentário:

Anónimo disse...

Querido Ruben, por favor não confundas famílias desfragmentadas e sem bases morais sólidas com famílias homossexuais. NÃO SÃO SINÓNIMOS. Talvez não seja isso que queres dizer mas é o que entendo do que leio.

Concordo, no entanto, com o facto das lutas da juventude passarem por questões adicionais ao casamento homossexual, adopção por casais 'gay' ou o reconhecimento da mudança de sexo na lei portuguesa. Existem numerosas áreas de intervenção política que carecem de atenção e que são ou tão mediáticas como estas.

bjo