"A linguagem é a casa do ser. E nessa morada habita o homem. Os pensadores são os guardiães dessa morada" M. Heidegger
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terça-feira, setembro 01, 2009
1 de Setembro de 1939 - o primeiro dia dos muitos dias que mudaram o mundo
Na madrugada do dia 1 de Setembro de 1939, sem qualquer declaração de guerra ou aviso prévio, os tanques alemães penetram nas fronteira polaca e desencadeiam deliberadamente um conjunto de acontecimentos militares aos quais a História designaria de Segunda Grande Guerra.
Depois de Hitler ter chegado ao poder absoluto na Alemanha durante o ano de 1933, desde cedo se fizeram notar as suas pretensões imperialistas, fundadas no princípio de que a «Grande Alemanha» havia sido humilhada pela derrota na Primeira Grande Guerra, bem como pelas pesadas imposições do Tratado de Versalhes. Para Hitler e os seus partidários nacionais-socialistas (Nazis), era urgente reabilitar a «grande pátria alemã» devolvendo-lhe o prestígio e o «espaço vital» sem o qual seria apenas uma sombra da grandeza do seu passado glorioso. Através de uma série de jogadas, de mentiras e logros deliberados, Hitler, a 12 de Março de 1938, anexa a Áustria sem disparar um tiro, perante a impavidez da França e da Inglaterra. Depois deste primeiro acto de alargamento do «espaço vital», Hitler convoca o primeiro-ministro de Inglaterra, Neville Chamberlain, para uma série de encontros. Hitler pretendia que Chamberlain não interviesse na anexação da região dos sudetas. A região dos sudetas, em plena Checoslováquia, era constituída maioritariamente por alemães, e Hitler pretendia também anexá-la ao reich. Mais uma vez, perante o consentimento das potências europeias - que pareciam não ter esquecido ainda os horrores da Primeira Grande Guerra -, Hitler invade a Checoslováquia desmembrando-a e espartilhando-a em menos de 24 horas. Esta primeira fase de guerra não declarada foi fruto em grande medida de uma política de «apaziguamento», fortemente contestada por Winston Churchill, o homem que seria primeiro-ministro da Inglaterra durante os 6 anos do conflito - e mais um mandato já em 1953 -.
É no dia 1 de Setembro que tem início o mais sangrento dos conflitos mundiais de todos os tempos, no qual morreram um total de 50 milhões de pessoas. A 3 de Setembro, Inglaterra e França declaram guerra à Alemanha, abrindo-se assim um período de 6 anos de sangrentas batalhas, extermínios calculados, mudanças profundas. Depois da guerra, o mundo não era já o mesmo. Não haviam sido só edifícios a ruir, mas também as ideias, as concepções mais clássicas acerca do Homem, da sua condição e destino.
Hoje, vivemos ainda num mundo geopoliticamente herdeiro deste grande conflito mundial. A organização das Nações Unidas tem ainda como membros do Conselho de Segurança os vencedores deste conflito, embora as realidades políticas tenham mudado enormemente deste então.
Aprendemos com a História, ou teremos de pagar novamente o preço de milhões de mortos pelo produto da nossa própria ignorância?
Bibliografia
Crónica da Segunda Guerra Mundial, Vol.1, Selecções Reader´s Digest
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7 comentários:
http://buchanan.org/blog/did-hitler-want-war-2068
sugerido por:
otrigoejoio.com
otrigoejoio.blogspot.com
as minhas desculpas
Patrick Buchanan é um comentador e analista politico dos EUA. Escreve também artigos e livros.
http://buchanan.org/blog/
Não podia deixar de comentar o seu blogue, depois de o ter descoberto recentemente. A qualidade dos textos é inquestionável e a os assuntos tratados têm toda a pertinência.
Parabéns pelo bom trabalho.
Obrigado pela censura do politicamente correcto. Enfim tipico..
Portugal sempre!
Não foi uma censura. A parte relativa ao facto de 1000 portugueses terem feito parte das SS, como mercenários, até pode corresponder à história. E a história tem todo o valor. Agora a parte em que cita uma espécie de frase ou slogan de extrema-direita, não é história, é ideologia e das mais perigosas. Não posso admitir tais extremismos neste blog. Não é essa a solução que se pretende para um país com futuro.
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